Gone with the Wind (intitulado
...E o Vento Levou no
Brasil e
E Tudo o Vento Levou em
Portugal) é um filme estadunidense de
romance histórico dirigido por Victor Fleming e produzido por David O. Selznick. Adaptado do
livro homônimo de 1936 escrito por
Margaret Mitchell, foi distribuído pela
Metro-Goldwyn-Mayer. Retratado no sul estadunidense do século XIX, o projeto narra a história de Scarlett O'Hara, filha de temperamento forte do proprietário de uma plantação, e sua perseguição romântica de Ashley Wilkes, que é casado com sua prima, Melania Hamilton, para se casar com Rhett Butler. Definida contra a era da
Guerra de Secessão e da
reconstrução dos Estados Unidos, a história é contada a partir da perspectiva dos sulistas brancos. Os papéis principais são vividos por
Vivien Leigh,
Clark Gable,
Leslie Howard e
Olivia de Havilland, que respectivamente interpretam Scarlett, Rhett, Ashley e Melanie.
A produção de
Gone with the Wind passou por diversos problemas. As filmagens foram adiadas por dois anos, devido à determinação de Sezlnick para assegurar o papel de Rhett Butler para Gable, e à "procura por Scarlett", que fez com que mais de 1.400 mulheres fossem entrevistadas para conseguir o papel. O roteiro original foi escrito por Sidney Howard, mas passou por diversas revisões por vários escritores, para que pudesse obter uma duração adequada. O diretor original George Cukor foi demitido pouco após o início das filmagens e foi substituído por Victor Fleming, que foi rapidamente substituído por Sam Wood enquanto Fleming tirava alguns dias de folga devido à exaustão.
Lançado em 15 de dezembro de 1939 nos
Estados Unidos,
Gone with the Wind foi recebido de forma predominantemente positiva por críticos de cinema, que elogiaram sua produção e seu roteiro, embora alguns tenham analisado que não possuía drama o suficiente e que era grande. O elenco foi altamente elogiado, com diversos resenhistas prezando a atuação de Vivien Leigh como Scarlett. Como resultado, foi indicado em 13 categorias no
Oscar de 1940, e venceu dez delas, incluindo a de
Best Picture. Duas das vitórias foram honorárias, e
Hattie McDaniel se tornou a primeira mulher afro-americana a conquistar um Oscar. Além de ter sido um sucesso de crítica, o projeto também obteve destaque no campo comercial, convertendo-se no filme com maior arrecadação até então, com
US$ 390 milhões obtidos, e mantendo tal êxito por mais de 25 anos. Com os ajustes da inflação, é o filme mais bem sucedido da história, com mais de US$ 3 bilhões arrecadados. Apesar de ter sido criticado como uma glorificação do revisionismo histórico da escravidão,
Gone with the Wind foi creditado por iniciar mudanças na maneiras de como os afro-americanos são retratados nos filmes. Relançado nove vezes, obteve grande destaque na cultura popular, sendo posicionado na quarta colocação da
lista dos melhores filmes estadunidenses do
American Film Institute (AFI), e selecionado pela
Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos para ser preservado no
National Film Registry (NFR).