Inicialmente, o território alagoano constituía a parte sul da
Capitania de Pernambuco, só vindo a conquistar sua
autonomia em
1817, como punição imposta por
D. João VI aos pernambucanos pela chamada "
Revolução Pernambucana", movimento separatista. Sua ocupação decorreu da expansão para o sul da lavoura de cana-de-açúcar da Capitania de Pernambuco, que necessitava de novas áreas de cultivo. Surgiram, assim,
Porto Calvo, Alagoas (atual
Marechal Deodoro) e
Penedo, núcleos que orientaram, por muito tempo, a colonização e a vida econômica e social da região. A
invasão holandesa em Pernambuco estendeu-se a Alagoas em 1631. Os invasores foram expulsos em 1645, depois de intensos combates em Porto Calvo, deixando a economia local totalmente desorganizada. A fuga de
escravos negros durante a invasão holandesa criou um sério problema de falta de
mão de obra nas
plantações de cana. Agrupados em aldeamentos denominados
quilombos, os negros só foram dominados completamente no final do , com a destruição do quilombo mais importante, o de
Palmares. Durante o
Império, a
Confederação do Equador (1824) movimento separatista e republicano, recebeu o apoio de destacadas figuras alagoanas. Na
década de 1840, a vida política local foi marcada pelo conflito entre os
lisos,
conservadores, e os
cabeludos,
liberais. No início do , o
sertão alagoano viveu a experiência pioneira de
Delmiro Gouveia, empresário cearense que instalou, em Pedra (atualmente,
Delmiro Gouveia), a fábrica de
linhas Estrela, que chegou a produzir 200 mil carretéis diários. Delmiro Gouveia foi assassinado em outubro de 1917 em circunstâncias até hoje não esclarecidas, depois de ser pressionado, segundo consta, a vender sua
fábrica a firmas concorrentes
estrangeiras. Depois de sua
morte, suas
máquinas teriam sido destruídas e atiradas na
cachoeira de Paulo Afonso.