Antonio Canova (
Possagno, —
Veneza, ) foi um
desenhista,
pintor,
antiquário e
arquiteto italiano, mas é mais lembrado como
escultor, desenvolvendo uma carreira longa e produtiva. Seu estilo foi fortemente inspirado na arte da
Grécia Antiga. Suas obras foram comparadas por seus contemporâneos com a melhor produção da
Antiguidade, e foi tido como o maior escultor europeu desde
Bernini, sendo celebrado por toda parte. Sua contribuição para a consolidação da arte
neoclássica só se compara à do teórico
Johann Joachim Winckelmann e à do pintor
Jacques-Louis David, mas não foi insensível à influência do
Romantismo. Não teve discípulos regulares, mas influenciou a escultura de toda a Europa em sua geração, atraindo inclusive artistas dos
Estados Unidos, permanecendo como uma referência ao longo de todo o século XIX especialmente entre os escultores do
Academismo. Com a ascensão da estética
modernista caiu no esquecimento, mas sua posição prestigiosa foi restabelecida a partir de meados do século XX. Também manteve um continuado interesse na pesquisa
arqueológica, foi um colecionador de
antiguidades e esforçou-se por evitar que o acervo de arte italiana, antiga ou moderna, fosse disperso por outras coleções do mundo. Considerado por seus contemporâneos um modelo tanto de excelência artística como de conduta pessoal, desenvolveu importante atividade beneficente e de apoio aos jovens artistas. Foi Diretor da
Accademia di San Luca em
Roma e Inspetor-Geral de Antiguidades e Belas Artes dos
estados papais, recebeu diversas condecorações e foi nobilitado pelo
papa Pio VII com a outorga do título de Marquês de
Ischia.