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Basílica Júlia (; ) foi um edifício público que se localizava no
Fórum Romano, na cidade de
Roma. Era uma estrutura grande e ornamentada, utilizada para reuniões e outros assuntos oficiais durante o período inicial do
Império Romano. Suas ruínas foram escavadas, e o que resta nos dias de hoje do período clássico são principalmente os alicerces do edifício, alguns de seus pisos e uma pequena parede traseira com alguns
arcos que fizeram parte tanto do edifício original quanto de suas reconstruções posteriores, além de uma única
coluna, que data da primeira fase de sua construção.
O edifício foi dedicado inicialmente por
Júlio César, em
46 a.C., com os custos pagos pelos espólios da
Guerra Gálica; sua construção foi terminada por
Augusto, que deu o nome do edifício em homenagem a César, seu pai adotivo. Incendiada pouco depois, não sendo reconstruída durante vinte anos; seria reconstruída apenas por
Diocleciano após o incêndio de Roma em
283.
Hospedava os
tribunais civis e algumas
tabernas, e providenciava espaço para a administração do governo e tesourarias. No
primeiro século foi também utilizada para sessões dos centúnviros (Tribunal dos Cem), que presidia sobre os assuntos de
hereditariedade. Nas suas
Epístolas,
Plínio o Novo descreve a cena em que uma mulher cujo pai de cerca de 80 anos a deserdava alguns dias antes de se casar com outra mulher.