Caio Júlio Civil (em
latim Gaius Iulius Civilis), mais conhecido como Júlio Civil, foi o líder dos
batavos na sua
revolta contra Roma de
69 a
70 d.C. Foi encarcerado duas vezes por rebelião, e escapou por pouco de ser executado. Durante os distúrbios que se seguiram à morte de
Nero, levantou-se em armas sob o pretexto de apoiar
Vespasiano, induzindo os habitantes do seu país natal a rebelar-se.
Os rebeldes expulsaram as guarnições romanas do
Reno e capturaram vinte e quatro barcos da Frota fluvial do
Reno. Duas legiões no comando de Múmio Luperco foram rodeadas e derrotadas em
Castra Vetera (perto da atual cidade de
Xanten). Aos rebeldes uniram-se oito coortes de
auxilia veteranos batavos, bem como parte das tropas enviadas por Vespasiano para aliviar o cerco de Castra Vetera.
O resultado destas adesões foi uma nova revolta na
Gália. Ordeônio Flaco foi assassinado em
70 pelos seus próprios homens, e as forças romanas ao completo foram induzidas por dois comandantes auxiliares gauleses, Júlio Clássico e Júlio Tutor, à defecção de Roma e a unirem-se ao exército de Civil. Praticamente toda a Gália se declarou independente. A profetisa germana Veleda predisse o sucesso completo de Civil e a consequente queda do
Império Romano. Mas nasceram disputas no seio das tribos que fizeram impossível qualquer colaboração futura. Vespasiano, após triunfar na guerra civil que seguiu à morte de
Nero, exigiu a Júlio Civil que depusesse as armas, e frente da sua negativa iniciou uma série de medidas drásticas destinadas a acabar com a revolta.