Diogo Álvares Correia (
Viana do Castelo,
Portugal —
Tatuapara,
Salvador, 5 de outubro de 1557) foi um náufrago
português que passou a vida entre os
indígenas da costa do Brasil e que facilitou o contato dos primeiros viajantes europeus com os povos nativos do Brasil. Recebeu a alcunha de
Caramuru (palavra
tupi que significa lampreia) pelos
Tupinambás. É considerado o fundador do município baiano de Cachoeira. Alcançou a costa na altura do
Arraial do Rio Vermelho como náufrago de uma embarcação
francesa, entre
1509 e
1510. Acerca do episódio, afirma-se:
Esse apelido faz referência ao fato de Diogo ter sido, supostamente, encontrado pelos indígenas em meio às pedras da praia e às algas, como se fosse uma lampreia.
Posteriormente terá recebido a alcunha de
filho do trovão ou, segundo outras fontes,
homem trovão da morte barulhenta, o que estará na origem da
lenda que afirma que Diogo Álvares Correia, teria recebido o apelido ao afugentar indígenas que o queriam devorar, matando uma ave com um tiro de arma de fogo.
O náufrago português foi bem acolhido pelos Tupinambás, a ponto de, o chefe deles, Taparica, lhe ter dado uma de suas filhas,
Paraguaçu, como esposa. De acordo com os roteiros do
filme e da minissérie de televisão
Caramuru - A Invenção do Brasil, Paraguaçu tinha como irmã a lendária
Moema, originariamente citada (sem essa relação de parentesco) no poema "
Caramuru" de Frei
Santa Rita Durão (
1781).