Desde
1953 (com 23 anos) que se tornou funcionário do PCP, o que significava, nessa altura, e durante mais de duas décadas ainda, passar à clandestinidade. Esteve preso durante o regime do
Estado Novo (altura em que tentou traduzir a "Fenomenologia do Espírito" de
Hegel - tendo ficado pela "Introdução"). Poeta, mostrou grande interesse pela poesia portuguesa, como se nota no facto de incluir várias notas sobre poesia no jornal comunista "
Avante!", como a respeito de Sá de Miranda, Camões ou Gil Vicente. Interessava-o as relações entre o pensamento materialista e a controvérsia medieval entre o realismo e nominalismo.