A
Disputa de fronteira sino-indiana é uma questão de
soberania sobre duas grandes e várias áreas separadas menores de territórios que são disputados entre
China e
Índia. A oeste,
Aksai Chin, é reivindicado pela
Índia como parte do estado de
Jammu e Caxemira e na região de
Ladakh, mas é controlada e administrada como parte da região autônoma chinesa de
Xinjiang. É um território com extrema altitude e praticamente desabitado atravessado pela estrada de Xinjiang-Tibete. O outro grande território em disputa, a mais oriental, fica ao sul da
Linha McMahon. Antigamente, era referido como Agência de Fronteira do Nordeste, e agora é chamado de
Arunachal Pradesh. A Linha McMahon fazia parte do
Acordo de Simla entre a
Índia britânica e o
Tibete assinado em
1914, um acordo rejeitado pela
China.
Os chineses reivindicavam o território ao longo do sopé meridional da
Cordilheira do Himalaia, que denominavam como Tibete do Sul, alegando que o Império Chinês exercia soberania sobre a região desde a época das
conquistas mongóis do
Século XIII até os tempos da
Dinastia Qing, por meio de representantes do
Imperador da China em
Lhasa. A China não reconhecia a validade do acordo rubricado, mas não assinado pelo representante chinês, Lu Hsing-chi, durante um época em que a China vivia os
tempos turbulentos após a queda da Dinastia Qing, alegando que o acordo fora maculado pela presença de delegados tibetanos que não estavam autorizados ao exercício da soberania, e, portanto, se recusava a reconhecer soberania da Índia sobre o território situado ao sul da Linha McMahon.
O
Império Britânico reivindicava a soberania sobre a região de Aksai Chin em seus mapas oficiais, embora não existam indícios da presença britânica no território que é quase inacessível a partir da China. A dificuldade de acesso também dificultava o exercício da soberania indiana sobre a região, razão pela qual a Índia demorou alguns meses para perceber que, em 1955, a China estava construindo uma estrada na região que atualmente liga
Xinjiang ao
Tibete.