Don Juan é um poema satírico de
Lord Byron, baseado no mito de
Don Juan, que o autor subverte, tratando de descrever Juan não como um conquistador cruel e insaciável (como foi considerado nas interpretações anteriores do mito, por exemplo, em
Molina,
Molière ou
Mozart), mas como um homem facilmente seduzido pelas mulheres, que é lançado nos braços delas pela força das circunstâncias e vicissitudes do destino.
O poema é uma variação irônica e satírica sobre a estrutura épica, gênero conhecido em inglês como
mock epic, e está dividido em dezessete cantos de diferentes tamanhos, composto em oitava rima, em pentâmetros jâmbicos, contando com pouco mais de duas mil estrofes, isto é, mais de dezesseis mil versos.
O próprio Byron denominou-o um "épico satírico" (Don Juan, c. xiv, st. 99); completou-lhe dezesseis cantos e deixou o décimo sétimo inacabado, antes de sua morte, em
1824. O autor dizia não possuir um planejamento pré-estabelecido do enredo dos cantos subsequentes, embora em várias cartas admita que "assunto não lhe faltasse".