Duração na obra do
filósofo francês Henri Bergson é o correr do
tempo uno e interpenetrado. Os momentos temporais somados uns aos outros formam um todo indivisível. Opõe-se ao tempo físico ou sucessão que é passível de ser calculado e analisado. O tempo vivido é incompreensível para a
inteligência lógica por ser qualitativo, enquanto o
tempo físico é quantitativo.
Tempo e
espaço não pertencem, portanto, a mesma
natureza.
A duração, não sendo compreendida através da inteligência lógica, também não pode, por consequência, ser entendida linearmente como
sucessão, visto que não há como calcular ou analisar o tempo vivido qualitativo. Se não há como esmiuçar a duração percebida pelo
espírito, também não há como prever os momentos temporais da
experiência vivida, apenas da experiência física que se repete facilmente, logo, a duração do tempo vivido e experimentado pelo espírito é imprevisível, novidade incessante. A duração pode ser entendida como uma
experiência metafísica.