Estado tributário, é a nomenclatura utilizada nas situações em que uma "
nação"
soberana mantém sua relativa autonomia em relação a uma outra nação
hegemônica que lhe impõe como condicionantes o pagamento periódico de valores e/ou
mercadorias. Outra forma de subordinação conhecida são os
Estados vassalos.
O termo se refere a uma das duas principais maneiras em que um estado pré-moderno pode ser subordinado a um estado mais poderoso. O cerne da relação era de que o tributário enviaria um sinal regular de submissão (
tributo) à potência superior. Este sinal muitas vezes assumia a forma de uma transferência substancial de riqueza, como a entrega de ouro, produção, ou escravos, de modo que o tributo poderia ser melhor visto como o pagamento de dinheiro para proteção.
As relações tributárias não envolvem um elemento de controle administrativo ou interferência por parte do poder hegemônico. No máximo, a potência hegemônica pode intervir em questões de sucessão e talvez possa ratificar a adesão de um monarca. Por esta razão, a extrapolação das relações interestatais pré-modernas para o sistema internacional moderno é problemática. Os herdeiros modernos de hegemonias tributárias tendem a afirmar que a relação tributária deve ser entendida como um reconhecimento da soberania do poder hegemônico no mundo contemporâneo, enquanto os antigos estados tributários negam que houve qualquer transferência de soberania.