O
gás de cidade é produzido em unidades fabris, situadas na preferia das cidades a abastecer, nas quais a matéria prima é gasificada, em geral por pirólise, e o gás resultante lavado de fumos e impurezas. O gás é então comprimido e armazenado em grandes tanques, em geral de tecto flutuante, os
gasómetros, e a partir deles distribuído para uma rede primária de distribuição que funcionava a baixa
pressão (em geral próxima de 1
bar) para minimizar o risco de fuga. A rede primária interliga uma rede de gasómetros de distribuição, mais pequenos, a partir dos quais o gás é fornecido aos consumidores finais através da rede secundária de distribuição, já à pressão de consumo dos aparelhos de queima (em geral 8 mbar acima da pressão ambiente). Todo o processo, incluindo a armazenagem, distribuição e utilização do
gás de cidade é sempre realizada em fase gasosa, dadas as baixas pressões utilizadas e a dificuldade de liquefação da mistura gasosa.
O
gás de cidade contém um elevado teor de vapor de água, o que permitia a utilização de canalizações de ferro com vedação nas juntas feita com fios de
linho ou outro qualquer material higroscópico similar, o que correspondia às tecnologias de baixo custo disponíveis até meados do
século XX.