O
Grande Salto Adiante ou
Grande Salto para Frente (mais comumente em
Portugal,
O Grande Salto em Frente, ou
O Grande Salto) (
1958-
1960) foi uma campanha lançada por
Mao Tsé-Tung, que pretendia tornar a
República Popular da China uma nação desenvolvida e socialmente igualitária em tempo recorde, acelerando a
coletivização do campo e a
industrialização urbana. O primeiro plano, inflexível, fez aumentar a superfície cultivada e o aumento da produção
agrícola no país. O segundo (que tornou famoso o termo "Grande Salto Adiante") incentivou a
industrialização. A iniciativa foi um desastre, resultando em cerca de 30 milhões de mortes, em decorrência da fome. O fracasso se deu graças a secas, inundações, falta de pessoal técnico, o rompimento das relações com a
União Soviética (com a consequente saída dos técnicos soviéticos do território chinês e a suspensão dos tratados económicos bilaterais), o deslocamento da mão de obra do campo para a indústria e a insuficiência de transporte ferroviário.
Além disso, também foi criado o sistema de
Comunas Populares, onde foram criadas sociedades de um total de 20 mil pessoas.Cada uma das comunidades deveria produzir tudo do que precisasse: alimentos, roupas, calçados, ferramentos, além de ter seus próprios moinhos, lavanderias comunitárias, postos de saúde, escola, centrais elétricas, etc.
Entre 1953 e 1958, houve o primeiro
plano quinquenal chinês (
reforma agrária,
educação obrigatória e formação de cooperativas), em que foi formada a parceria com a
União Soviética, governada na época por
Nikita Kruchov, a qual exportava tecnologia para a
República Popular da China. Porém, durante o período da
Guerra Fria chamado de
coexistência pacífica, Nikita fez uma visita ao
Estados Unidos, provocando um
rompimento de suas relações com Mao Tsé-Tung. Esse plano representou, para a economia chinesa, o afastamento definitivo do modelo socialista soviético. Afastamento este que teve origem com a divulgação dos "
Documentos Secretos" em que Nikita denunciava as práticas
stalinistas.