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Institutos de Oratória
O Institutos ou Instituto de Oratória é uma obra em doze volumes sobre retórica teórica e prática publicada pelo retórico romano Quintiliano cerca de 95. Durante os primeiros séculos após sua composição, a obra de Quintiliano foi muito influente sobre os educadores e estudiosos romanos, inclusive JerônimoOrígenes e Agostinho de Hipona. Pelo , a obra foi amplamente utilizava por Caio Júlio Victor, que absorveu as ideias de Quintiliano em seu A Arte da Retórica (Ars Rhetorica). Durante muitos séculos da Idade Média a obra permaneceu quase desconhecida, sendo apreciada somente por manuscritos mutilados ou truncados.

No Reino da França do , em meio a um renascimento clássico ocorrido nas escolas de Chartres e Bec, os Institutos receberam uma revitalização nas mãos de João de Salisbúria, que nos informa que foi instruído em Quintiliano sob tutela de Bernardo, Teodorico e Guilherme de Conches. Contudo, essa renovação perdurou somente até ca. 1225, quando a obra voltou a permanecer obscura. No , Poggio Bracciolini, enquanto trabalhando como secretário papal no Concílio de Constança, descobriu um manuscrito completo de Quintiliano na Abadia de São Galo, um mosteiro beneditino fundado no , conhecido como centro regional de ensino e produção manuscrita, especializado em trabalhos de autores clássicos. Letrado em latim, Poggio tornou-se renomado entre os humanistas italianos como mestre copista, e numa carta de 15 de dezembro de 1416, escreveu a Guarino de Verona sobre suas descobertas em São Galo. Atualmente o manuscrito encontrado por Poggio encontra-se na Biblioteca Central de Zurique.

Imediatamente após a descoberta de Poggio, o trabalho de Quintiliano adquiriu intenso ressurgimento. Sua primeira introdução moderna foi feita por Pietro Paolo Vergerio e uma epítome completa dos Institutos foi escrita por Francesco Patrizi de Siena. Pelos séculos seguintes, numerosas versões impressas foram produzidas através da Europa, o que fez sua reputação igualar-se a de Virgílio e Cícero. Embora após o Renascimento seus seguidores esmoreceram, ele continuou a influenciar grande número de intelectuais como Martin LutherErasmo de RoterdãFrancis BaconJohn LockeAlexander PopeSamuel JohnsonEdward GibbonJohn Stuart Mill e Hugh Blair. Destes, Hugh Blair foi crucial para manter Quintiliano em voga através da Idade Moderna por meio de seu "Conferências sobre Retórica e Belas Letras" (Lectures on Rhetoric and Belle Lettres).


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