Júlio Dantas GCC • GOSE • GCSE (
Lagos,
19 de Maio de
1876 —
Lisboa, ) foi um escritor,
médico,
político, e
diplomata, que se distinguiu como um dos mais conhecidos intelectuais portugueses das primeiras décadas do
século XX. Na sua actividade intelectual foi um
polígrafo, cultivando os mais variados géneros literários, da
poesia ao
romance e ao
jornalismo, mas foi como
dramaturgo que ficou mais conhecido, em particular pela sua peça
A Ceia dos Cardeais (
1902), uma das mais populares produções teatrais portuguesas de sempre. Na política foi deputado,
Ministro da Instrução Pública e
Ministro dos Negócios Estrangeiros (
1921-
1922 e 1923), terminando a sua carreira pública como
embaixador de Portugal no
Brasil (
1941-
1949). Considerado retrógrado por alguns intelectuais coevos, como foi o caso de
Almada Negreiros, que escreveu o
Manifesto Anti-Dantas, muito polémico, conseguiu granjear durante a vida grande prestígio social e literário, prestígio que decaiu após a sua morte. Foi eleito sócio da
Academia de Ciências de Lisboa (1908), instituição a que presidiu a partir de 1922.