Música Atonal, em seu sentido mais amplo, é a
música desprovida de um
centro tonal, ou principal, não tendo, portanto, uma
tonalidade preponderante. Atonalidade, neste sentido, geralmente se aplica a composições escritas de
1908 até os dias atuais, embora anteriormente já fosse usada com menos frequência. Na música atonal, as notas da
escala cromática trabalham independentemente uma da outra (Anon. 1994). Em sentido mais restrito, musica atonal é aquela que não se conforma com o sistema de hierarquias que caracterizam a música tonal clássica européia, produzida entre os
séculos XVII e
XIX (Lansky, Perle e Headlam 2001). Em sentido ainda mais restrito,
música atonal se refere à música que não é
tonal nem
serial, em especial a música pré-
dodecafônica da
Segunda Escola de Viena, principalmente a de
Alban Berg,
Arnold Schoenberg e
Anton Webern (Lansky, Perle e Headlam , 2001).
Segundo John Rahn, no entanto, "como rótulo categorial,
atonal geralmente significa apenas que a peça se insere na tradição ocidental e não é
tonal "(Rahn 1980, 1). "O serialismo surgiu em parte como um meio de organizar de forma mais coerente as relações utilizadas na música pré-serial
atonal livre (...) Assim, muitos esclarecimentos úteis e fundamentais, até mesmo sobre a música estritamente serial, dependem apenas de teoria atonal básica."(1980 Rahn, 2)
Entre o fim do século XIX e o início do século XX, compositores como
Alexander Scriabin,
Claude Debussy,
Béla Bartók,
Paul Hindemith,
Sergei Prokofiev,
Igor Stravinsky e
Edgard Varèse escreveram música que tem sido descrita, no todo ou em parte, como atonal (Baker 1980 e 1986; Bertram 2000; Griffiths 2001, 1983 Kohlhase; Lansky e Perle 2001; 2004 Obert; 1974 Orvis; Parks, 1985; 2000 Rülke; 1995-1996 Teboul, Zimmerman 2002).