No início do
século XX, o
arqueólogo Sir
Arthur Evans iniciou a escavação de
Cnossos, um antigo assentamento na ilha de
Creta. Aí, descobriu várias tabuinhas de argila contendo três escritas que ele apelidou de "lineares". A designação manteve-se para duas delas, hoje conhecidas por
Linear A e
Linear B, e a terceira ficou conhecida como pictográfica ou
hieroglífica cretense. Evans passou muito tempo a tentar decifrar ambas as escritas, mas sem sucesso.
Parte da dificuldade derivou do próprio Evans - ele estava convencido que a Linear B era uma língua por ele chamada de
minoica, não admitindo a possibilidade de ser uma língua helênica. Antes de decifrar o texto, Ventris manteve contato com vários outros pesquisadores, entre eles a doutora estadunidense
Alice Kober, responsável pela classificação de alguns caracteres da Linear B. Após o processo de decifração, ficou claro que a língua subjacente era, na verdade, o
grego. Isto levou a um grande progresso no conhecimento da
Creta da
Idade do Bronze: após o colapso da
Civilização Minoica, a ilha fora ocupada por invasores
micênicos.