Era constituído por cerca de cinquenta homens, 40 da
nobreza, e os restantes do clero e militares, daí também serem conhecidos por
Os Quarenta Conjurados ou os
Os Quarenta Aclamadores, por estarem envolvidos quarenta
brasões. O objectivo - logrado com sucesso - era a destituição dos
Habsburgos, proclamar e aclamar um rei português tal como aconteceu.
Aquele que ficou reconhecido como tendo sido o grande impulsionador da conspiração foi
João Pinto Ribeiro, bacharel em direito canónico cuja jurisprudência anulou o juramento de Tomar por incumprimento de obrigações por parte dos
Habsburgos espanhóis. No entanto podemos reconhecer também, como preponderante, que pode ter havido um papel e alguma influência dos
jesuítas da província portuguesa, duma forma mais velada, nomeadamente pelo comportamento do
Padre António Vieira e pela convivência familiar do Doutor D.
André de Almada, especialmente sobre determinados
fidalgos e que se encontram entre os quarenta. Aqueles
nobres portugueses que tinham ficados presos e destituídos de quase tudo no desastre de
Alcácer Quibir, mais precisamente seus filhos ou netos órfãos", que nada puderam fazer e lutar contra um diferente destino de Portugal, anos antes, durante a
crise dinástica cuja sorte tinha imposto o domínio de um rei
castelhano sobre os destinos do
Reino de Portugal.