Pied-Noir (,
Pé-Negro), plural
Pieds-Noirs, é um termo usado para fazer referência aos cidadãos franceses, e outros de ascendência europeia, que viveram na Norte de África francês, nomeadamente a
Argélia francesa, o
Protetorado Francês do Marrocos ou o
Protetorado Francês da Tunísia, por várias gerações, até ao fim da governação francesa no norte Africa entre 1956 e 1962. Em particular, o termo
Pieds-Noirs é utilizado para aqueles cidadãos descendentes de europeus "regressaram" a
França assim que a
Argélia se tornou independente, ou nos meses seguintes.
Os europeus chegaram à Argélia, como imigrantes, a partir da zona ocidental do
Mar Mediterrâneo (em particular de
França,
Espanha,
Itália e
Malta), desde 1830. A expressão também é, por vezes, usada para incluir os
sefarditas, que se tinham estabelecido no
Magrebe, bem antes de 1830, mas muitos dos quais também emigraram após 1962. A partir da invasão francesa de 18 de Junho de 1830, até à sua independência, a Argélia fazia parte administrativa de França (“departamentos franceses” em 1848), e a sua população europeia era designada por argelinos ou
colons (colonos), enquanto que os cidadãos
muçulmanos da Argélia eram chamados de
árabes,
indígenas muçulmanos; os muçulmanos chamavam-lhes de
roumis ou
gaouris.
O termo
Pieds-Noirs começou a ser utilizado pouco depois do fim da
guerra de independência da Argélia em 1962. De acordo com o ultimo censo na Argélia, realizado a 1 de Junho de 1960, existiam de cidadãos não-muçulmanos (10% do total da população, incluindo judeus argelinos).