Os Estados Unidos haviam-se juntado aos Poderes Aliados na guerra contra as
Potências Centrais a
6 de Abril de
1917. A sua entrada na guerra devia-se em parte aos ataques submarinos, por parte da
Alemanha, a navios mercantes destinados à França e à Grã-Bretanha. Todavia, Wilson pretendia evitar o envolvimento dos Estados Unidos nas tensões que arrastavam entre as grandes potências europeias; se a América entrasse na guerra, tentaria livrar o conflito de disputas e ambições nacionalistas. A necessidade de se estabelecerem objectivos morais tornar-se-ia mais importante quando, após
a queda do regime russo, os
bolcheviques divulgaram tratados secretos entre os Aliados. O discurso de Wilson também deu resposta ao Decreto da Paz de
Vladimir Lenin (Novembro de 1917, imediatamente após a
Revolução de Outubro), que propunha a retirada imediata da
RSFS da Rússia da guerra, advogando uma paz justa e democrática que não se compadecia com anexações territoriais, e que levou ao
Tratado de Brest-Litovsk, a
3 de Março de
1918.
O discurso feito por Wilso a 8 de Janeiro de 1918 expunha uma política de
livre-cambismo, divulgação de tratados, democracia e
autodeterminação dos povos) O discurso dos Catorze Pontos foi a única declaração explícita dos objectivos de guerra feita por qualquer uma das nações beligerantes da Primeira Guerra Mundial (alguns Estados deram indicações gerais dos seus objectivos; a maioria manteve em segredo os seus objectivos pós-guerra). Os Catorze Pontos do discurso basearam-se nas determinações d'O Inquérito (
The Inquiry), uma equipa de 150 conselheiros em política externa liderada por Edward M. House, na sua preparação dos assuntos antecipados para a
Conferência de Paz em
Versalhes.