Ray of Light é o sétimo
álbum de estúdio da artista musical
estadunidense Madonna. O seu lançamento ocorreu em 22 de fevereiro de 1998, através das gravadoras
Maverick Records e
Warner Bros. Records. Com o nascimento de sua primeira filha Lourdes Maria e outros eventos que inspiraram-lhe um período de introspecção, Madonna começou a trabalhar em seu novo disco com produtores musicais como
Babyface e
Patrick Leonard. Depois de sessões de gravação falhadas, o sócio da Maverick Guy Oseary telefonou para o músico inglês
William Orbit, sugerindo-lhe que enviasse algumas canções para a cantora, que aprovou-as. Posteriormente, Madonna começou a desenvolver uma nova direção musical do projeto com Orbit. As sessões de gravação do álbum duraram pouco mais de quatro meses, e enfrentaram problemas com a ausência de banda ao vivo e os arranjos do
hardware Pro Tools, que poderiam se quebrar e atrasariam as gravações até serem reparados.
Musicalmente,
Ray of Light é inspirado pelos gêneros
pop,
dance e pela
música eletrônica, e incorpora elementos da
música eletrônica em sua composição, sendo um afastamento musical dos trabalhos anteriores de Madonna. Também apresenta influências de outros gêneros e subgêneros, incluindo
techno,
trip hop,
drum and bass,
música ambiente,
rock,
soft rock e
música clássica. Em termos vocais, o álbum apresenta Madonna cantando com maior amplitude e um tom mais cheio, consequência de suas aulas vocais para o filme
Evita (1996). Temas orientais também estão presentes no projeto, como resultado da conversão da intérprete à
Cabala, seu estudo do
hinduísmo e do
budismo, bem como a sua prática diária da
Yoga; faixas como "Sky Fits Heaven" e "Shanti/Ashtangi" são exemplos dessas atividades, com a última sendo uma adaptação de um texto de Yoga Tavarali e cantada inteiramente em
sânscrito.
Após o seu lançamento,
Ray of Light foi recebido com análises positivas dos críticos musicais, que prezaram os vocais e a nova direção musical da cantora, definindo-o como o seu trabalho "mais aventuroso". Os resenhadores também notaram a sua natureza contida e madura. O trabalho recebeu uma série de prêmios ao redor do mundo, incluindo quatro
Grammy Awards em 1999, incluindo o de Best Pop Vocal Album. Comercialmente, o álbum obteve um desempenho exitoso, atingindo a primeira colocação em cerca de 17 países, como
Alemanha,
Austrália,
Canadá,
Nova Zelândia e
Reino Unido. Nos
Estados Unidos, debutou na segunda colocação da
Billboard 200, convertendo-se no quinto disco de Madonna a atingir a segunda posição na tabela, e recebeu uma
certificação de platina quádrupla pela
Recording Industry Association of America (RIAA), denotando vendas de quatro milhões de unidades no país. Em âmbito global, comercializou cerca de 20 milhões de cópias, sendo um dos
álbuns mais vendidos mundialmente.