A
Revolta de Ibicaba, também chamada
Revolta dos Parceiros ou
Revolta dos Imigrantes, foi a rebelião dos trabalhadores estrangeiros da
Fazenda Ibicaba, em
Limeira, no ano de
1856, contra a exploração do trabalho pelos senhores
brasileiros, que haviam optado pelo sistema de parcerias em substituição à
escravidão.
No
século XIX, a mão-de-obra escrava vivia um processo de restrição, notadamente após a aprovação da
Bill Aberdeen, uma lei inglesa que proibia o transporte marítimo de escravos traficados, e cuja sanção era a apreensão dos navios que o fizessem. No
Brasil, após um período de relutância, essa tendência se refletiu, e se faziam necessárias novas medidas para garantir a produção nos engenhos.
O trabalhador livre, de preferência europeu, portanto, tornou-se um atrativo para os fazendeiros brasileiros. Entre
1847 e
1857, o senador
Nicolau Vergueiro trouxe cerca de 180 famílias, das mais diversas regiões europeias, para que trabalhassem como lavradores nas fazendas brasileiras. O contrato era preparado pelo próprio Vergueiro, estabelecendo a posse da produção e outras providências, em sua maioria de caráter exploratório.