Na época do acidente, ele era um jovem de 19 anos estudante de
Medicina. Sua noiva era Laura Surraco (com quem é casado até hoje e mãe de seus 3 filhos), filha de médico. Foi Roberto quem sugeriu aos outros sobreviventes que, para continuarem vivos, deveriam comer a carne dos que morreram na colisão. Em companhia de
Fernando Parrado, ele decidiu atravessar a
Cordilheira dos Andes para buscar ajuda.
Canessa já era jogador da
seleção uruguaia desde o ano anterior e a tragédia não encerrou sua carreira no rugby: defendeu o Uruguai até 1979 e em 1980 integrou, como único representante uruguaio, a primeira excursão da
seleção da América do Sul. Sua estreia por
Los Teros, como é apelidada a seleção uruguaia, foi praticamente um ano antes do acidente, em
14 de outubro de
1971 contra o
Brasil. Foi em jogo válido pelo
Sul-Americano daquele ano, marcando um
try na vitória por 31-11, sua única partida ali. Canessa não jogou as edições de
1973 e
1975, voltando a participar, como titular, na de
1977. Não chegou a jogar a de
1979, entrando em campo pela última vez pelo Uruguai naquele ano, mas antes da competição, em amistoso contra a
Argentina, marcando um
try em derrota por 58-7.