Nascido na pequena aldeia de Kukarka (atual Sovietsk, no
Óblast de Kirov), filho de um pequeno comerciante, educado numa escola secundária em
Kazan, onde se juntou à facção
bolchevique do
Partido Operário Social-Democrata Russo, em 1906. Adotou o pseudônimo de
Molotov (do russo
molot, "martelo"). Foi preso em 1909 e passou dois anos no exílio na
Sibéria. Em 1911 se inscreveu na Universidade Politécnica de
São Petersburgo, e se tornou um dos editores do
Pravda, o jornal bolchevique clandestino do qual
Josef Stalin também era editor. Em 1913 Molotov foi preso novamente, e deportado para
Irkutsk, de onde escapou em 1915 e retornou à capital. Em
1920 ingressou no Comitê Central do
PCUS, foi dirigente da
Internacional Socialista no período
1928-
1934.
Na qualidade de membro do
Politburo, foi responsável pela campanha de requisições das colheitas na
Ucrânia, causando a
fome-genocídio de
1932-
1933, o Holodomor. Sendo um dos principais colaboradores de
Stalin, foi Ministro de Relações Exteriores da
URSS no período
1939-
1949 e
1953-
1956. Em
1957, foi afastado da direção do Partido por
Nikita Khrushchov, em virtude da sua oposição à "desestalinização" e nomeado
embaixador na
Mongólia, cargo que exerceu entre 1957 e
1960 tendo logo após sido indicado para chefiar a representação da URSS na Organização Internacional de Energia Atômica sediada em
Viena, tendo permanecido neste cargo até
1962 ao ser excluído do Partido Comunista. Foi readmitido no Partido em
1984.