A
arte micénica (ou
micênica na ortografia
brasileira) refere-se à
arte dos
aqueus, um
povo que se estabelece na costa sudoeste da
Grécia entre aproximadamente 1600 e 1100 a.C., no período final da
Idade do Bronze. Os seus habitantes formam vários núcleos agrupados em torno de
palácios, sendo o centro mais importante o de
Micenas, nome que cunha a
Civilização Micénica. A sua produção artística recebe diversas influências sendo a da
Civilização Minoica (
Creta) a mais evidenciada. Do
Antigo Egipto recebem também influência relacionada com o culto dos mortos, nomeadamente no que diz respeito à construção de câmaras funerárias em
pedra.
Deste período são de referir o primoroso trabalho em
metal e a
joalharia que recebem grande herança minoica no tratamento formal e na técnica, se é que não terão mesmo sido produzidos por artesãos vindos de Creta. Os mais relevantes achados arqueológicos originam das câmaras funerárias descobertas em
1876 em Micenas por
Heinrich Schliemann, onde se englobam
punhais com incrustações, ornamentos para indumentária,
diademas e as famosas
máscaras funerárias em ouro que serviam para cobrir o rosto do falecido, a mais famosa é a erroneamente atribuída ao rei
Agamémnon.
No repertório formal dominam, em geral, cenas de
caça e a representação de
animais como
golfinhos,
cobras,
pássaros,
touros e principalmente
felinos (
leão,
leopardo, etc) onde é regra aparecerem com as patas dianteiras e traseiras esticadas,
símbolo de movimento. Também são comuns elementos da
flora marítima e a
espiral, elemento decorativo muito usado, mesmo associado à
arquitectura.