Dragão-de-komodo ou
crocodilo-da-terra (
Varanus komodoensis) é uma
espécie de
lagarto que vive nas ilhas de
Komodo,
Rinca,
Gili Motang e
Flores, na
Indonésia. Pertence à família de lagartos-monitores
Varanidae, e é a maior espécie de lagarto conhecida, chegando a atingir 40 cm de altura e 2–3 m de comprimento e 110 kg de peso. O seu tamanho invulgar é atribuído a
gigantismo insular, uma vez que não há outros animais carnívoros para preencher o
nicho ecológico nas ilhas onde ele vive, e também ao seu baixo metabolismo. Como resultado deste gigantismo, estes lagartos, juntamente com as bactérias
simbiontes, dominam o
ecossistema onde vivem. Apesar dos dragões-de-komodo comerem principalmente
carniça, eles também caçam e fazem emboscadas a presas incluindo
invertebrados,
aves e
mamíferos.
A época de reprodução começa entre maio e agosto, e os ovos são postos em setembro. Cerca de vinte ovos são depositados em ninhos de
Megapodiidae abandonados e ficam a incubar durante sete a oito meses, e a eclosão ocorre em abril, quando há abundância de
insectos. Dragões-de-komodo juvenis são vulneráveis e, por isso, abrigam-se em árvores, protegidos de predadores e de adultos
canibais. Demoram cerca de três a cinco anos até chegarem à idade de reprodução, e podem viver até aos cinquenta anos. São capazes de se reproduzir por
partenogénese, no qual ovos viáveis são postos sem serem fertilizados por machos.
Os dragões-de-komodo foram descobertos por
cientistas ocidentais em 1910. O seu grande tamanho e reputação feroz fazem deles uma exibição popular em
zoológicos. Na natureza, a sua área de distribuição contraiu devida a actividades humanas e estão listadas como
espécie vulnerável pela
UICN. Estão protegidos pela lei da Indonésia, e um
parque nacional, o
Parque Nacional de Komodo, foi fundado para ajudar os esforços de protecção.