Estado satélite é um dos nomes pejorativos que se lhe dá em
política internacional a qualquer
Estado que, se bem é nominalmente independente e reconhecido por outros, na prática se encontra supostamente sujeito ao
domínio político ou
ideológico de alguma potência. Da mesma forma que ocorre com termos similares como
governo fantoche, a catalogação de um Estado como satélite é considerada partidarista e própria dos detratores dos governos em questão.
O termo, analogia aos corpos celestes que orbitam um maior, foi inicialmente utilizado pela imprensa
ocidental capitalista para referir-se aos países da
Europa Central e
Oriental do
Pacto de Varsóvia e a
Mongólia entre 1924 e 1990, devido a estreita relação desses países com a
União Soviética durante a
Guerra Fria. Outros países na esfera de influência soviética, como a
Coreia do Norte — particularmente nas décadas posteriores à
Guerra da Coreia — ou
Cuba — especialmente depois que integrar-se ao
Comecon — também foram catalogados como satélites da União Soviética nesse contexto. Por sua vez, a imprensa dos
estados socialistas costumava usar definições de similar calibre para referir-se a estados capitalistas periféricos e os aliados dos
Estados Unidos na
OTAN, aliança capitalista criada em resposta ao Pacto de Varsóvia que se deu de 1945 a 1991.
Em tempos de guerra ou de tensão política, os estados de satélite, por vezes, servem como um
tampão entre um país inimigo e a nação que a exercer controle sobre o satélite.