Convergência evolutiva ou
evolução convergente é um fenômeno
evolutivo observado em seres vivos quando estes desenvolvem características semelhantes de origens diferentes. Ou seja, é quando um caráter semelhante evolui independentemente em duas espécies, não sendo encontrado no ancestral comum delas. Este fenômeno ocorre devido à
seleção natural, que seleciona positivamente aquelas
mutações que geram adaptações morfológicas, fisiológicas e até comportamentais mais adequadas para um determinado ambiente. A seleção natural também irá atuar, selecionando negativamente, aquelas mutações que não forem adaptativas, reduzindo assim o valor adaptativo do organismo. Com isso, aqueles organismos que vivem em
habitat ou possuem hábitos de vida semelhante, irão compartilhar características análogas semelhantes, que os tornam capazes de sobreviver àquelas condições.
Características resultantes de evolução convergente são chamadas de estruturas análogas, já aquelas características semelhantes que não evoluíram independentemente são chamadas de homologas.
Homologias apresentam a mesma origem ontogenética e filogenética, já as
analogias apresentam a mesma função mas não estão relacionadas evolutivamente.
Um exemplo famoso de convergência evolutiva é a forma do corpo de
golfinhos,
ictiossauros e
peixes. Todos são
animais marinhos dotados de
nadadeiras e
barbatanas. Porém, os golfinhos são
mamíferos, cujo ancestral direto era dotado de membros adaptados ao meio terrestre, os ictiossauros são descendentes de répteis
Diapsidas, enquanto os peixes possuem ancestrais marinhos, cujas nadadeiras são fruto de um longo processo de construção a partir de um modelo de corpo vermiforme sem membros articulados. Portanto, apesar de apresentarem estruturas semelhantes, elas tiveram origens muito diferentes, e foram selecionadas por serem formas muito apropriadas à natação.