Fedayin (,
fidā'ī, plural فِدائيّون,
fidā'īyūn, ou, em determinados contextos, فِدائيّين,
fidā'īyīn, numa tradução livre cuja tradução pode ser "devoto", "mártir" ou "aquele que se redime pelo sacrifício"; ) é um termo utilizado para descrever diversos grupos ou indivíduos
militantes, na
Armênia, no
Irã e no
mundo árabe, em diferentes momentos históricos. Embora originalmente
fidā'īyīn seja o plural de
fidā'ī, no Ocidente a palavra "fedayin" é usada indistintamente, tanto para designar um único indivíduo como um grupo, e eventualmente, pode ser encontrada a forma
fida'is como plural de
fidā'ī.
Segundo a tradição
islâmica, o termo está ligado originalmente a seguidores de uma seita ou ordem mística
ismailita criada por
Ḥassan-i Ṣabbāḥ,
o velho da montanha ou o
sábio da montanha, que fundou um complexo estado
teocrático na fortaleza de
Alamūt, nos altos da
Cordilheira Elbruz, ao sul do
Mar Cáspio, no
Irã. Por quase trezentos anos a seita esteve ativa na Síria e no Irã. Eram chamados, pejorativamente,
hashishin ou "comedores de
haxixe", palavra da qual deriva o termo "assassino". Alamūt foi destruída pelos
mongóis, em
1256. Consta que os seguidores de Ḥassan-i Ṣabbāḥ - os
nizaritas - realizavam atentados para eliminar seus adversários, notadamente muçulmanos
sunitas e, em particular, os
seljúcidas. Os fedayin, uma das categorias mais baixas dessa ordem, eram encarregados de executar esses atentados.