A tribo dos Manaos, considerada orgulhosa pelos
portugueses, negava-se a ser dominada para servir de mão-de-obra escrava, entrava em confronto com os habitantes do Forte. Através de casamentos com as filhas dos
Tuxauas, os militares portugueses começaram a ligar-se aos Manáos, buscando assim apaziguar os conflitos. Todavia o
índio Ajuricaba, um dos líderes dos Manaos, se opunha à colonização dos portugueses, mas parecia apoiar os
holandeses (há controvérsias). Possuindo excepcional capacidade de liderança, Ajuricaba conseguiu congregar diversas tribos locais, e assaltava aquelas sobre domínio dos portugueses. Também organizou um sistema de vigilância que dificultava o deslocamento dos portugueses pelos
rios e
lagos da região.
A área dos conflitos ia do baixo
Rio Negro ao
Rio Branco (Roraima). Sobre a captura de Ajuricaba (segundo Arthur Reis, homenageado com o nome da principal biblioteca pública de
Manaus), Há contradições sobre se sua captura foi feita ou não brutalmente. A parte oficial guarda silêncio. Mas a lenda diz que houve choque violento. De ambas as partes, houve heroísmo. Os
portugueses começavam a desanimar depois de quatro investidas frustradas, quando alguns soldados o cercaram, atacando Ajuricaba pela retaguarda e conseguindo vencê-lo. Consta a lenda que após Ajuricaba perder seu filho (tão bravo quanto ele), o jovem Cucunaça, lança-se entre os inimigos e lhes causa perdas, sendo afinal preso e posto a ferro.