Na
década de 1960, o uso do termo "neoliberal" entrou em acentuado declínio, mas quando o termo foi reintroduzido, na
década de 1980, o seu significado tinha se alterado e passou a ser associado às reformas económicas implementadas no
Chile, nos
anos 1970, durante a
ditadura de Augusto Pinochet, que contou com a colaboração de
Hayek, dos
Chicago Boys e da
CIA. Neste período, o termo não apenas adquiriu uma conotação negativa diante dos críticos da reforma do
mercado, como também havia mudado de significação - deixando de ser considerado como uma forma moderada de liberalismo, para ser entendido como um conjunto de ideias mais radicalmente favoráveis ao
capitalismo laissez-faire. Os académicos passaram, então, a associar o neoliberalismo às teorias dos
economistas Friedrich Hayek, da
Escola Austríaca, e
Milton Friedman, da
Escola de Chicago - como o termo é compreendido atualmente. Nos anos 1980, o termo passa a ser usado por acadêmicos ligados a diferentes ciências sociais, sobretudo na crítica a esse ressurgimento das ideias derivadas do
liberalismo econômico laissez faire do
século XIX O emprego do termo expandiu-se rapidamente ao longo dos
anos 1990, consolidando-se nos
anos 2000.