Literatura rabínica, no seu sentido mais abrangente, pode se referir a todo o espectro de escritos
rabínicos ao longo da história do
judaísmo. O termo também se refere, mais especificamente, à literatura da era
talmúdica, em oposição à literatura rabínica
medieval e moderna, e por isso corresponde ao termo
hebraico Sifrut Hazal (ספרות חז"ל; "Literatura [de nossos] sábios [de] abençoada memória", onde
Hazal normalmente se refere
apenas aos sábios da era talmúdica). Este sentido mais específico de "literatura rabínica" — referindo-se aos
Talmudim, ao
Midrash, e outros escritos relacionados, porém quase nunca a textos posteriores — é como o termo geralmente é utilizado na literatura acadêmica contemporânea. Por outro lado, os termos
meforshim e
parshanim ("comentários" / "comentaristas") quase sempre se referem a escritores posteriores, pós-talmúdicos, autores de
glosas rabínicas sobre os textos
bíblicos e talmúdicos.
Este artigo discute a
literatura rabínica em ambos os sentidos do termo. Começa com a literatura rabínica clássica da era talmúdica (
Sifrut Hazal), e acrescenta um amplo panorama dos escritos rabínicos de períodos posteriores.