A
succinato desidrogenase,
succinato-coenzima Q redutase ou
complexo II é uma
flavoproteína ligada à membrana interna
mitocondrial que intervém no
ciclo de Krebs e na
cadeia respiratória e que contém
FAD (dinucleótido de flavina e adenina) unido
covalentemente. Possui um
peso molecular de cerca de 100
kDa, e contém uma molécula de FAD, oito
átomos de
ferro e oito átomos de enxofre lábeis frente aos
ácidos. A
enzima possui duas subunidades, cujos pesos moleculares são 30 kDa e 70 kDa respectivamente. A subunidade maior da succinato desidrogenase contém FAD, quatro átomos de ferro e quatro átomos de enxofre ácido-lábeis. A subunidade menor é uma ferro-sulfuro-proteína que contém quatro átomos de ferro e quatro de enxofre ácido-lábeis.
A molécula de FAD da enzima, é o aceitador de
electrões da reacção. De maneira general a função bioquímica do FAD é oxidar os
alcanos a
alcenos, enquanto que o NAD
+ oxida os
alcóis a
aldeídos ou
cetonas. Isto é devido a que a oxidação de um alcano (como o
succinato) a um alceno (como o
fumarato) é suficiente
exergónica como para reduzir o FAD a FADH
2, mas não para reduzir o NAD
+ a NADH. É pouco usual achar uma união covalente entre o FAD e uma
proteína; na maioria dos casos, o FAD encontra-se unido à sua enzima associada de forma não covalente (união débil e transitória). Pelo que neste caso o FAD actua como
grupo prostético e não como uma
coenzima móvel, como o faz normalmente.
O FADH
2 da succinato desidrogenasa, ao não poder desprender-se da enzima, deve oxidar-se novamente
in situ. O FADH
2 cede seus dois hidrogénios à ubiquinona (
coenzima Q) que se reduz a ubiquinol (QH
2) e abandona a enzima, difundindo na
bicamada lipídica até alcançar o seguinte complexo enzimático da
cadeia respiratória.