Os
zeólitos,
zeólitas ou
zeolites [dos termos
gregos zein (ferver) +
lithos (pedra)] constituem um grupo numeroso de
minerais que possuem uma estrutura porosa. O termo foi aplicado pela primeira vez pelo
mineralogista sueco Axel Fredrik Cronstedt depois de observar que, após o aquecimento rápido de um mineral natural, as pedras começavam a saltitar à medida que a
água se evaporava. Usando as palavras gregas significando "pedra que ferve", chamou este material zeólito.
São conhecidas mais de 80 espécies de zeólitos naturais e mais de 150 artificiais. Basicamente, são alumino
silicatos hidratados que possuem uma estrutura
aberta que pode acomodar uma grande variedade de
iões positivos, como o Na
+, K
+, Ca
2+, Mg
2+, entre outros. Estes iões positivos estão fracamente ligados à estrutura podendo ser prontamente substituídos por outros em solução de contacto. Alguns dos minerais mais comuns do grupo dos zeólitos são:
analcime, chabazite, heulandite, natrolite, phillipsite e estilbite. Um exemplo da fórmula química de um deste minerais é Na
2Al
2Si
3O
10.2H
2O, a fórmula da natrolite.
Os zeólitos naturais formam-se em locais onde
rochas vulcânicas e
cinza vulcânica reagem com água
alcalina; também ocorrem em ambientes pós-
deposicionais em que cristalizaram ao longo de milhares ou mesmo milhões de anos em bacias marinhas pouco profundas. Os zeólitos de ocorrência natural muito raramente são puros, sendo contaminados em grau variável por outros minerais, metais,
quartzo ou outros zeólitos. Por esta razão, os zeólitos de ocorrência natural são excluídos de muitas das suas aplicações comerciais em que a pureza e uniformidade são essenciais. Seus cristais geralmente são pequenos, mas bem formados, razão de serem muito apreciados por colecionadores. São bem conhecidos aqueles procedentes da Índia e do sul do Brasil.