A
antiga cidade de Lamu, no
Quénia, cerca de 200 km a norte de
Mombaça, é a mais antiga e melhor conservada cidade
swahili da
África oriental, mantendo as suas funções traditionais. Construída em pedra de
coral e
madeira de
mangal, a cidade caracteriza-se pela simplicidade das suas formas estruturais, enriquecida com pátios interiores, varandas e portas de madeira artisticamente talhadas. Lamu é ainda o centro dos principais festivais religiosos
muçulmanos desde o
século XIX e tornou-se um importante centro de estudo das culturas
islâmica e swahili.
A estrutura urbana de Lamu demonstra claramente as influências que se juntaram ao longo dos séculos, a partir da
Europa,
Arábia e
Índia, usando as técnicas traditionais swahili para produzir uma cultura distinta. O crescimento e declínio dos portos da costa oriental de África e a interacção entre os
Bantu, árabes,
persas, indianos e europeus representa uma fase importante, tanto do posto de vista cultural como económico na história da região, com a sua expressão mais elevada na antiga Lamu.