Arte franco-cantábrica ou
arte hispano-aquitana são expressões usadas na historiografia da arte e da
pré-história para designar o conjunto de manifestações culturais de natureza artística, especialmente as
pinturas rupestres, que geograficamente se estenderam no
Paleolítico Superior pela
Cornija Cantábrica, na atual Espanha, e pelo sudoeste da atual
França. A sua cronologia é do período
magdaleniano (14 mil anos atrás aproximadamente). É uma arte rupestre, ou seja, ligada às
cavernas. Caracteriza-se pelo
realismo, a
policromia e pelo predomínio de representação de animais em figuras isoladas, que por vezes usam as irregularidades do suporte (tetos ou paredes das cavernas) como terceira dimensão. As pinturas ficam habitualmente em lugares afastados da entrada das cavernas, pelo qual teriam sido efetuadas com luz artificial.
Opõe-se estilisticamente à
arte rupestre levantina, de cronologia posterior, e cujas características são as opostas (estilização, monocromia, presença da figura humana, composição de cenas e situação em abrigos rochosos, nos quais se puderam realizar as pinturas com luz natural).