O costume é já referido no final do
século XVI em duas obras do dramaturgo português António Prestes:
Auto do Procurador e
Auto dos Dous Irmãos:
Como exemplo pode realçar-se a tradição do
Porto, em que os grupos de reiseiros se organizavam de acordo com a ocupação, vizinhança, associação, ou nacionalidade, para percorrerem as ruas da cidade em procissão, cantando também à porta das casas. Existem registos de que nos
Reis de
1882 soavam instrumentos como "
zabumbas,
ferrinhos e as
gaitas de foles anasaladas, exclusivas dos carrejões
galegos". Durante as celebrações ainda tinham lugar uma
pantomina e um
auto dos Reis.
As
cantigas interpretadas, recolhidas por vários autores portugueses, comummente adaptam antigos
romances, conhecidos invariavelmente como
romances dos três Reis Magos. Por vezes principiam com o famoso chamamento "Ó da casa, nobre gente / escutai e ouvireis, / da parte do Oriente, / são chegados os três Reis".