A
crise do século XIV designa uma série de eventos ocorridos ao longo dos séculos XIV e XV que fizeram abrandar o crescimento e prosperidade
europeus. O colapso
demográfico, instabilidade
política e revoltas religiosas estão na origem das crises que provocaram alterações profundas em todas as áreas da sociedade.
Com essa crise iniciou-se também a decadência das universidades e escolas medievais e, por conseguinte, o progresso científico que estava florescendo. A medicina desviou-se da prática metodológica para ceder às superstições e medos que se deram com a
Peste e a
Grande Fome. A cultura de higiene que havia se disseminado através dos monges herbalistas se extingue e a medicina atribui a causa da peste à água que se tornou cada vez mais escassa em seu estado potável devido às fortes chuvas. Logo, há redução no número de banhos e o início de uma era de ensebamento no século XV.
Causada por diversos motivos, a crise teve origem na época em que não havia novas terras a serem ocupadas, fazendo com que a produção não crescesse, uma vez que no sistema feudal uma maior produção significava anexar novas terras. Com a produção estagnada e uma população maior, a fome se espalhou pela
Europa. Além disso, a destruição das florestas e do meio ambiente ocorrida durante o século XII causou sérias mudanças climáticas, como por exemplo, severas chuvas. A Europa devastada pela fome, estava mais vulnerável a doenças como a
Peste negra. Para agravar a situação existiam constantes guerras, a mais conhecida foi a
Guerra dos Cem Anos. Tudo isto causou uma grande queda demográfica. Como havia menos pessoas para trabalhar, os nobres impuseram uma maior carga de trabalho sobre os camponeses, o que gerou revoltas populares como a
Jacquerie e a
Revolta camponesa de 1381.