Filme experimental ou
cinema experimental é um termo que abrange diversos estilos cinematográficos que têm em comum o fato de se diferenciar, e muitas vezes de se opôr, às práticas e ao estilo do
cinema dito comercial ou
industrial. Nos
anos 1920 era mais comum o termo "cinema de vanguarda", por sua relação com as
vanguardas artísticas do início do século XX, especialmente na
França e
Alemanha. Já nos
anos 1960, falava-se em "cinema
underground" (que no Brasil gerou a
corruptela "
udigrudi"), como referência ao movimento
artístico novaiorquino do período. Hoje prevalece o termo "cinema experimental" pela constatação de que é possível realizar filmes experimentais sem a presença de qualquer movimento de vanguarda no campo cultural.
Ainda que o termo "experimental" abranja um universo muito grande de práticas, um "filme experimental" é geralmente caracterizado pela ausência de
narrativa linear, o uso de técnicas variadas de abstração (fora de
foco, pintura ou raspagem direta sobre a
película,
montagem extremamente rápida), o uso de som não
diegético ou mesmo a ausência de som na trilha sonora.
O objetivo, muitas vezes, é colocar o espectador em uma relação mais ativa e mais reflexiva com o filme. Pelo menos durante os anos 1960, mas também depois disso, muitos filmes experimentais tomaram uma postura de oposição à cultura dominante. Muitos destes filmes foram feitos com orçamentos muito baixos, geralmente autofinanciados ou através de pequenas subvenções, com equipes mínimas que muitas vezes não passavam do próprio realizador.