O
golpe de Estado na Tailândia de 2006 ocorreu em uma terça-feira,
19 de setembro de
2006, quando o
Exército Real Tailandês encenou um
golpe de Estado contra o governo interino do primeiro-ministro eleito
Thaksin Shinawatra, que se encontrava nos
Estados Unidos participando de uma assembleia nas
Nações Unidas. O golpe de Estado, que foi a primeira mudança de governo não constitucional da
Tailândia em 15 anos, resultou de uma crise política que durou um ano, envolvendo Thaksin, seus aliados e adversários políticos, devido as controversas transações financeiras da família de Thaksin, e ocorreu menos de um mês antes das eleições a nível nacional que estavam originalmente programadas para serem realizadas. Tem sido amplamente divulgado na Tailândia e em outros lugares que o general
Prem Tinsulanonda, presidente do Conselho Privado, foi o mentor do golpe. Os militares cancelaram as futuras eleições, revogaram a Constituição, dissolveram o Parlamento e a Corte Constitucional, proibiram protestos e todas as atividades políticas, reprimiram e censuraram a mídia, declararam
lei marcial em todo o país, e prenderam membros do gabinete.
Os novos governantes, liderados pelo general
Sonthi Boonyaratglin e organizados em um
Conselho para a Reforma Democrática (CDR), emitiram um
pronunciamento em
21 de setembro que definiu as suas razões para tomar o poder e ofereceu um compromisso de restaurar um governo democrático dentro de um ano. No entanto, o CDR também anunciou que após as eleições e o estabelecimento de um governo democrático, o conselho seria transformado em um Conselho de Segurança Nacional, cujo papel futuro na política tailandesa não foi explicado.
Os líderes golpistas declararam sua lealdade ao Rei, e, no dia seguinte, o rei
Bhumibol Adulyadej apoia o golpe e o governo militar do general Sonthi Boonyaratglin por um decreto real legitimando a derrubada de um governo legítimo; Sonthi assume a liderança de um governo interino e do Conselho para a Reforma Democrática sob os auspícios da Monarquia Constitucional.