A
Grande Itália ou
Itália Imperial, foi um projeto ambicioso previsto pela
Itália fascista, cujo objetivo era criar um império italiano por meio do
expansionismo, além do
irredentismo, reivindicava territórios da
Córsega,
Nice,
Dalmácia,
Malta, para complementar a região da
bacia do Mediterrâneo, territórios coloniais, com populações de imigrantes italianos ou dentro da
esfera de influência italiana, como a
Albânia,
Montenegro, a
Tunísia e a
Líbia. A intenção era criar um Estado italiano com seções não-italianas que seriam assimiladas e a
colonização italiana seria promovida. A expansão desses territórios teria permitido ao
Reino de Itália uma oportunidade de reconquistar a posição dominante no
mar Mediterrâneo, perdida desde a
queda do Império Romano.
A Itália, após a
Primeira Guerra Mundial, estava tomada por uma série de convulsões sociais, ressentida ao desprezo com que fora tratada no pós-guerra pelos
aliados (uma vez que as medidas do
Tratado de Versalhes não lhe foram satisfatórias, pois não atenderam suas pretensões
imperialistas e aos seus problemas sociais), que lhe concederam o que considerava "migalhas territoriais insignificantes", havia se curvado à ascensão do
fascista Benito Mussolini. O país envolver-se-ia numa aventura imperialista dispendiosa, a conquista da
Etiópia em 1935, que esgotou as suas finanças e pouco acrescentou em termos de preparação para uma guerra moderna. O Estado fascista não estava preparado económica e militarmente quando se envolveu no turbilhão da
Segunda Guerra Mundial, o que levaria a Itália a diversas derrotas militares e colocaria um fim ao seu projeto imperialista da "Grande Itália", que pretendia ressuscitar o
Império Romano.