A origem do termo é controversa, tendo sido usado para a identificação de
intelectuais que aparecem simultaneamente em contextos políticos distintos (na
Rússia, na
Polônia e na
Alemanha), no
século XIX. Em geral, atribui-se a invenção do termo a Piotr Boborykin, por volta de
1860. Mas
Richard Pipes constata o uso do termo
intelligentz na
Alemanha, em
1849, para designar o mesmo fenômeno, isto é, um grupo distinto do resto da sociedade por sua educação e atitudes
progressistas. Já segundo Wacław Lednicki, o termo foi usado na
literatura russa, por Belinsky (ele próprio um dos membros da
intelligentsia russa) já utilizara o termo em
1846. Na Rússia, o movimento da
intelligentsia teve início em
1840, e pretendia a reconstrução da
sociedade sobre bases
racionais: substituição do
absolutismo dos
czares por um
sistema político constitucional, o fim da
servidão e a defesa dos
direitos fundamentais do homem.
Alexander Gella, por seu turno, afirma que o termo teria sido empregado pela primeira vez na
literatura polonesa, pelo
filósofo e
ativista Karol Libelt, em
1844, em um de seus
livros (
Filozofia i krytyka, "Filosofia e Crítica"). A princípio, a palavra tinha um sentido restrito, baseado na autodefinição de uma certa categoria de intelectuais. Posteriormente, passou a ser empregada para designar coisas diferentes: tanto o conjunto dos intelectuais de um dado
país, como os grupos mais restritos de intelectuais que se fazem notar por sua capacidade de fornecer uma visão compreensiva do mundo, por sua
criatividade ou por suas atividades direta ou indiretamente
políticas.