Licáon ou
Licaonte (do grego Λυκάων) na
mitologia grega era filho de
Pelasgo, primeiro rei mítico da
Arcádia. Segundo
Pausânias (geógrafo), Licáon foi rei da Arcádia no tempo que
Cécrope I foi rei de
Atenas. Era muito querido por seu povo, pois havia abandonado a vida selvagem que tivera no passado e se tornado um homem culto e muito religioso.
Fundou a cidade de Licosura, uma das mais antigas da
Grécia e nela criou um altar a
Zeus, mas sua apaixonada religiosidade o levou a realizar sacrifícios humanos, o que degenerou sua posição. Chegou ao ponto de sacrificar todos os estrangeiros que chegavam a sua casa, violando a sagrada lei da hospitalidade.
Desaprovando essas aberrações, Zeus, o deus dos deuses, fêz-se passar por um peregrino e hospedou-se em seu palácio. Licaón preparou-se para sacrificá-lo, assim como havia feito com outros em nome de sua religiosidade. Porém, alertado por alguns sinais divinos quis assegurar-se de que o hóspede não era um deus como afirmavam seus temerosos súditos. Para isso mandou cozinhar a carne de um
escravo e servir a Zeus. Enfurecido, Zeus transformou Licaón em um
lobo e, por ser testemunha de tamanha crueldade, incendiou seu
palácio.