Muawiya era filho de
Hind bint Utbah, filha de , um líder tribal
coraixita (Quraysh), e de
Abu Sufyan ibn Harb, outro líder coraixita de
Meca. Tanto pai como a mãe, além do avô materno, foram ativistas da guerra que a sua tribo moveu contra
Maomé e os seus seguidores. A irmã de Muawiya, Ramlah bint Abi Sufyan, casou com Maomé em 623 (ano 1 da
Hégira), depois depois de se ter divorciado de Ubayd-Allah ibn Jahsh, um dos primeiros convertidos do
Islão, que depois se converteu ao
Cristianismo.
Quando Uthman ibn Affan (
Otman), primo de Muawiya, se tornou o terceiro califa, nomeou-o governador da Síria. No entanto, quando
Ali ascendeu a califa, o quarto e último dos Rashidun, Muawiya foi destituído, o que não foi aceite por Muawiya, que se rebelou. A revolta teve algum apoio dos sírios, entre os quais o governador destituído era popular. Ali apelou a que Muawiya fosse combatido militarmente, e apesar da classe política de
Medina, a capital Rashidun, não mostrar muito entusiasmo, Ali acabaria por marchar sobre
Damasco e travar a batalha de Siffin com os partidários de Muawiya entre 26 e 28 de julho de 657, a qual foi inconclusiva. O filho de Ali,
Hasan ibn Ali, acordou tréguas com Muawiya e retirou-se para Medina, abandonando a vida pública. Muawiya estabeleceu então o
Califado Omíada, fundando a
dinastia homónima, que governou a partir de Damasco, na Síria, em vez de Medina, na
Arábia.