As condições em que se assinou a paz de Nísibis foram duras para o império persa: este devia ceder terreno a Roma, convertendo o
rio Tigre na fronteira entre ambos. Além disso, a Arménia voltaria a ficar sob controlo romano, com o forte de Ziata como fronteira e o
Reino da Ibéria passaria igualmente para a esfera de Roma.
Nisibis, cidade sob controlo romano, converter-se-ia no único trajeto para o comércio entre os dois impérios, e Roma controlaria também as cinco
satrapias entre o Tigre e a Arménia. Dentro destas regiões ficava o passo do Tigre através do
Antitauro, o passo de
Bitlis (a rota mais rápida em direção ao sul para a Arménia persa) e o acesso ao planalto de Tur Abdin.
Com estes territórios Roma contava com um posto avançado a norte de
Ctesifonte e poderia atrasar qualquer futuro ataque persa na região.
Tirídates III também recuperava o trono arménio, e Roma assegurava uma ampla zona de influência cultural na região. O facto de o império ter sido capaz de manter um esforço de guerra tão constante em tantas frentes foi visto como sinal da eficácia do sistema de Diocleciano, bem como da boa aceitação que o seu governo tinha entre o exército.