Tendo por base o desejo do rei
Henrique VIII em anular seu casamento com
Catarina de Aragão (negado pelo
Papa Clemente em 1527), a Reforma Inglesa começou mais como uma disputa política do que teológica. As diferenças políticas entre Roma e Inglaterra permitiram que os atritos teológicos se tornassem ainda maiores. Até o rompimento com Roma era o Papa e os concílios gerais da Igreja que decidiam a
doutrina. A
Igreja da Inglaterra era governada pelo código de
direito canônico com jurisdição final em Roma. As contribuições à Igreja eram pagas diretamente a Roma e o Papa tinha a palavra final na nomeação dos bispos.
O rompimento com a Igreja Católica em Roma entrou em efeito através de uma série de atos do Parlamento aprovados entre 1532 e 1534, dentre os quais o Ato da Supremacia, que declarava que o rei Henrique VIII era o "Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra na Terra". Este título foi renunciado por
Maria I em 1553, quando restaurou a jurisdição papal, e reafirmado por
Elizabeth I em 1559. A autoridade final em disputas doutrinais e legais agora pertencia ao monarca e o papado foi privado da arrecadação da Igreja e da palavra final na nomeação dos bispos.