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Fóssil vivo" é uma expressão utilizada informalmente para qualificar organismos de grupos biológicos atuais que são
morfologicamente muito similares a organismos dos quais há conhecimento no registo
fóssil. Frequentemente, os "fósseis vivos" pertencem a grupos biológicos que no passado geológico da Terra foram muito mais abundantes e diversificados que actualmente.
Esta designação resulta do facto de, no século XIX, numa fase inicial dos estudos paleontológicos e biológicos à escala global, quando muito ainda havia por descobrir nos mares e florestas actuais, alguns destes grupos biológicos terem sido originalmente identificados com base no registo fóssil, sendo classificados como extintos, e só depois sido descobertos - vivos - na actualidade. Daí a expressão "fóssil vivo".
Os exemplos mais conhecidos são os do
celacanto (
Latimeria chalumnae e
Latimeria menadoensis), um
peixe, e da
metasequóia,
árvore descoberta em 1943 num remoto vale da China. Outros são organismos pertencentes a espécies actuais, sem parentes próximos na actualidade, que são as únicas representantes de grupos biológicos de categoria superior com um registo fóssil abundante e diversificado. Um exemplo bem conhecido é o da árvore
Ginkgo (
Ginkgo biloba) e o lagarto
Tuatara (
Sphenodon spp), com dois representantes actuais.