Fogo grego era uma
arma incendiária usada pela
marinha bizantina. Os bizantinos o usavam em batalhas navais para maior efetividade, pois ele podia continuar queimando ao flutuar na água. A arma era uma vantagem tecnológica e foi responsável por muitas vitórias militares bizantinas chaves, notadamente na salvação de
Constantinopla de dois
cercos árabes, assegurando assim a sobrevivência do império.
Tal foi a impressão provocada pelo fogo grego nos
cruzados da Europa ocidental, que o nome passou a ser aplicado a qualquer tipo de arma incendiária, inclusive as usadas pelos árabes, chineses e
mongóis. Essas, entretanto, usavam preparados diferentes e não a fórmula bizantina, que era um segredo de estado fortemente guardado e que foi perdido. A composição do fogo grego permanece matéria de especulação e debate, com propostas que incluíram combinações de
resina de pinheiro,
nafta,
cal,
enxofre ou
salitre. O uso bizantino de misturas incendiárias distinguia-se pelo uso de bocais pressurizados, ou sifão (
siphōn), para atirar o líquido sobre o inimigo.
Embora o termo “fogo grego” seja de uso geral em muitas línguas desde as Cruzadas, nas fontes bizantinas originais ele é chamado por vários nomes, como “fogo do mar” (
grego antigo: πῦρ θαλάσσιον,
pyr thalássion), “fogo romano” ((πῦρ ῥωμαϊκόν,
pyr rhomaïkón), "fogo de guerra” (πολεμικὸν πῦρ,
polemikòn pyr), "fogo líquido” (ὑγρὸν πῦρ,
hygron pyr) ou “fogo fabricado” (πῦρ σκευαστόν,
pyr skeuastón).