Chama-se gentrificação (do inglês gentrification) o fenômeno que afeta uma região ou bairro pela alteração das dinâmicas da composição do local, tal como novos pontos comerciais ou construção de novos edifícios, valorizando a região e afetando a população de baixa renda local. Tal valorização é seguida de um aumento de custos de bens e serviços, dificultando a permanência de antigos moradores de renda insuficiente para sua manutenção no local cuja realidade foi alterada..
Pelo termo
gentrification - derivado de "
gentry", que por sua vez deriva do Francês arcaico "
genterise" que significa "de origem gentil, nobre" - entende-se também a reestruturação de espaços urbanos residenciais e de comércio independentes com novos empreendimentos prediais e de grande comércio, ou seja, causando a substituição de pequenas lojas e antigas residências. Nos últimos dez anos, este fenômeno tem por exemplo a mudança radical da natureza das lojas de Queen St. West em
Toronto ou o enobrecimento de vários bairros antes populares de
San Francisco.
Esses processos são criticados por alguns estudiosos do
urbanismo e de
planejamento urbano devido ao seu
caráter excludente e privatizador. Outros estudiosos, como o sociólogo Richard Sennett da
Universidade Harvard , consideram demagógico o caráter das críticas, argumentando que problemas urbanos não se resolvem com benevolência para com as camadas mais pobres da população e, na sua opinião, só se resolvem com alternativas que reativem e recuperem a
economia do local degradado.