Governo mundial é um conceito político/filosófico onde um único corpo político reuniria poder e influência suficientes para fazer, interpretar e aplicar um conjunto
leis internacionais. Inerente ao conceito de governo mundial é a suposição de que nações individuais teriam que reduzir ou abrir mão (dependendo do ponto de vista) de sua
soberania sobre certas áreas. De fato, um governo mundial acrescentaria outro nível de administração sobre os governos nacionais existentes ou proveria coordenação sobre áreas nas quais governos nacionais são incapazes ou ineficientes na atuação.
Até os tempos atuais, não existem planos oficiais por parte de nenhuma nação para estabelecer um governo mundial, embora certas pessoas vejam instituições de caráter global (como a
Organização das Nações Unidas e o
Fundo Monetário Internacional) como os elementos formadores de um futuro sistema de governo mundial. Uma organização formada por legisladores de várias nações conhecida como Parlamentares para Ação Global tem promovido ideias sobre como um governo global
democrático poderia ser implantado, embora tal promoção tenha variado em intensidade ao longo da história da organização.
Existem diversas visões (muitas vezes contraditórias) de um governo global no campo da
ficção científica, variando desde
utopias até
distopias. O
Fundamentalismo Cristão e alguns outros sistemas religiosos referem-se a um possível governo mundial primariamente em termos
apocalípticos ou distópicos. Alguns
muçulmanos consideram que o único governo mundial plausível seria aquele feito por líderes islâmicos. Outros religiosos, particularmente os adeptos da religião
Bahá'í, veem um corpo governamental internacional como algo fundamental para uma sociedade ordeira e pacífica. O termo "
Nova Ordem Mundial" também tem sido usado em várias ocasiões e em diversos contextos políticos para descrever um futuro governo global, particularmente pelo ex-presidente dos
Estados Unidos,
George H. W. Bush, que pregava uma nova era de cooperação global entre as nações democráticas. Muitos críticos da preponderância dos Estados Unidos no cenário global, ou com uma postura geral anti-governista, interpretam o termo de forma mais negativa.